terça-feira, 18 de junho de 2013

Sinto-me estranho

Constantes pressões ditam o nosso quotidiano, pressões essas que nos obrigam a traçar certos caminhos que mesmo não os desejando somos obrigados a tomá-los, esses caminhos estranhos, de uma maneira ou outra.

Pergunto-me eu qual a motivo final de tais caminhos e motivos, viver para os outros?
Fazer com que aconteçam, esses motivos estranhos, não farão de nós meros escravos da vontade dos outros?
Não falo de amizades ou amores, por esses estamos nós dispostos a tudo, até a sacrificar-nos a nós, estranhamente... Falo sim dessas carraças da vontade humana que nos subjugam, tirando-nos anos das nossas vidas com meras precupações vãs ignóbeis e fúteis. Essas estranhas preocupações relatam e reflectem-se no dia-a-dia, etranham-se e acabamos por gostar, pois levamos uma vida boa, pensamos nós...

A verdadeira mestria será sermos donos do nosso tempo, verdadeiramente livres e donos de nós. Estranho será quando isso acontecer.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Crepitar

O Crepitar de emoções torna o meu interior num concerto de pipocas picantes.

Olho e sinto raiva.
Olho e sinto nojo.
Olho e sobe-me a adrenalina e o meu estômago contorce-se num turbilhão de dor.

Francamente não vale a pena, mas a dor persiste e insiste, consistente e presente.
Há que seguir em frente e levantar o olhar, mas olho e tudo volta ao mesmo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Exorbitância

A Exorbitância da putrefacção alheia alimenta os abutres que em redor da nossa existência se alimentam da nossa alma.
Pendemos portanto num pêndulo ambíguo onde o nosso destino é afectado por tais abutres.
Fingimos que não os vemos, mas o sentimento está lá, quedado e degenerado pela violência com que nos devoram.
Nós todos somos os abutres, alimentado-nos dos sentimentos e vivências dos outros para nossa vivência e sobrevivência.

Existem, no entanto, momentos em que somos gulosos, devoramos e destruímos, açambarcamos e obstruímos, em nos darmos conta, pois sabe-nos tão bem e não nos preocupamos.

E vívamos e açambarquemos tais experiências, pois é para isso que cá estamos, abutres.

domingo, 9 de outubro de 2011

Um canto vulgar

Onde ideias vagueiam por necessidade de serem vistas, ouvidas ou lidas.
Aqui caem pensamentos e escritos que se cruzam no meu quotidiano, com sentido ou não, o certo é que eles existem e procuram serem lidos, só agora o percebi.

As ideias essas também surgem, mas precisam de verificação e aprovação por parte do carregador das mesmas. Depois de uma cuidada vistoria, essas sim também aparecerão. A seu tempo. Algumas as há que já precisam de se mostrar, com calma as repenso e tento expressar-me lentamente.

Até Breve.