quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Crepitar

O Crepitar de emoções torna o meu interior num concerto de pipocas picantes.

Olho e sinto raiva.
Olho e sinto nojo.
Olho e sobe-me a adrenalina e o meu estômago contorce-se num turbilhão de dor.

Francamente não vale a pena, mas a dor persiste e insiste, consistente e presente.
Há que seguir em frente e levantar o olhar, mas olho e tudo volta ao mesmo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Exorbitância

A Exorbitância da putrefacção alheia alimenta os abutres que em redor da nossa existência se alimentam da nossa alma.
Pendemos portanto num pêndulo ambíguo onde o nosso destino é afectado por tais abutres.
Fingimos que não os vemos, mas o sentimento está lá, quedado e degenerado pela violência com que nos devoram.
Nós todos somos os abutres, alimentado-nos dos sentimentos e vivências dos outros para nossa vivência e sobrevivência.

Existem, no entanto, momentos em que somos gulosos, devoramos e destruímos, açambarcamos e obstruímos, em nos darmos conta, pois sabe-nos tão bem e não nos preocupamos.

E vívamos e açambarquemos tais experiências, pois é para isso que cá estamos, abutres.

domingo, 9 de outubro de 2011

Um canto vulgar

Onde ideias vagueiam por necessidade de serem vistas, ouvidas ou lidas.
Aqui caem pensamentos e escritos que se cruzam no meu quotidiano, com sentido ou não, o certo é que eles existem e procuram serem lidos, só agora o percebi.

As ideias essas também surgem, mas precisam de verificação e aprovação por parte do carregador das mesmas. Depois de uma cuidada vistoria, essas sim também aparecerão. A seu tempo. Algumas as há que já precisam de se mostrar, com calma as repenso e tento expressar-me lentamente.

Até Breve.